quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Richard Wagner







Wilhelm Richard Wagner (22 de maio de 1813, Leipzig — 13 de fevereiro de 1883, Veneza) foi um compositor, maestro, teórico musical, ensaista e poeta alemão, considerado um dos expoentes do romantismo e dos mais influentes compositores de música erudita já surgidos. Com a sua criatividade, inúmeras inovações foram trazidas para a música, tanto em termos de composição quanto em termos de orquestração. Wagner expandiu e enriqueceu as possibilidades da orquestra sinfônica, chegando a inventar um novo instrumento, a trompa wagneriana. Uma idéia que aprimorou, já que não foi o primeiro a utilizá-la, consistia em identificar um personagem, um objeto ou uma idéia através de um motivo musical, leitmotiv (ou motivo condutor). Quando se ouve o tema musical, imediatamente vem à mente o personagem, o objeto ou a idéia que o autor deseja indicar.

Como compositor de óperas, criou um novo estilo, grandioso, cuja influência sobre a música da época e posterior foi forte. Polêmico ao extremo, angariou ao longo da vida inúmeros desafetos.

Além de músico era também poeta e escreveu o libreto de todas as suas óperas, inclusive a tetralogia O Anel do Nibelungo, em que a mitologia germânica recebe uma empolgante expressão dramático-musical. Para a encenação deste e doutros espetáculos grandiosos que concebeu, construiu com a ajuda de amigos e do rei Luís II da Baviera o teatro de ópera de Bayreuth.

Wagner se preocupava com todos os detalhes, em todas as fases da criação de uma obra de arte ou drama musical: desde a elaboração literária do texto inicial, sua transformação num poema, composição musical, orquestração, até cada detalhe da encenação. Por exemplo: O Anel do Nibelungo, a primeira das óperas, O Ouro do Reno, começa com um mergulho naquele rio, onde encontramos as míticas filhas do Reno a nadar alegremente na correnteza. Para criar a impressão de que elas estão realmente nadando, era necessária a criação de máquinas especiais. Wagner supervisionou pessoalmente a criação dessas máquinas, assim como todos os outros detalhes da encenação. Uma outra inovação introduzida por Wagner: em Bayreuth não se vê a orquestra nem o regente, concentrando-se a atenção do público exclusivamente no que se passa sobre o palco. No entanto, alguns criticam esse procedimento, alegando que o som da orquestra sai abafado e perde um pouco da sua potência.

Nesse sentido, pode-se dizer que a obra wagneriana é um Gesamtkunstwerk ou "obra de arte total". Embora o ideal de integração total das artes, teatro, poesia e música, já fosse parte da empreitada operística desde o seu nascimento com Claudio Monteverdi em Florença, raras vezes um criador se envolveu em todas as fases do projeto com o mesmo nível de perseverança que Wagner.

A obra wagneriana suscitou o aparecimento de um novo tipo de cantor: um heldentenor (literalmente: "tenor heróico"), um tenor de resistência física extraordinária e grande potência vocal, capaz de enfrentar papéis como Siegfried, Tristão e Tannhäuser, em que ele tem que cantar e representar quase ininterruptamente por duas horas e meia ou mais.

Wagner representou para a cultura alemã do século XIX o mesmo que Verdi representou para a cultura italiana: uma espécie de ícone cultural, e aglutinador da identidade nacional quando o país ainda estava em formação.



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